terça-feira, 26 de junho de 2012

A Inquisição da Igreja

Qual a verdade sobre esta época?

Muito as pessoas condenam a Igreja devido ao período negro da Inquisição onde era imposto a fé através de torturas e fogueiras, enquanto os padres e papas se deleitavam com o poder total sobre a população oprimida. Porém os hitoriadores nos mostram que os fatos nada tem a ver com o senso comum das pessoas.
A Inquisição da Igreja

Contexto Histórico

Por ser um assunto muito extenso de se contar a história, deixaremos este trabalho para os links complementares do Saiba Mais.

Na época medieval a Igreja se diante dos cátaros (heresia gnóstica que acreditava haver um deus bom e um deus mal, assim como os maniqueístas combatido por Santo Agostinho, chegando até a condenar a maternidade pelo fato de produzir matéria que para eles vinha do deus mal), porém além do fato de ser uma heresia destrutiva juntou-se ao fato de começar a se propagar de maneira assustadora e inclusive ameaçar a sociedade da época.

Como os cátaros faziam parte de uma seita cristã que estava confundido a verdadeira fé deixada por Jesus para os cristãos, a Igreja se viu na necessidade de instalar a Inquisição que nada mais é que um simples tribunal jurídico que iria investigar se a pessoa era herege ou não (não tinha qualquer poder de dar penas aos hereges, mas apenas após tê-los dado o julgamento, a responsabilidade de punição passava a ser do Estado).

Com isso, a Igreja instalava um grande bem que conservamos até hoje como "Congregação para Doutrina da Fé", visando proteger a nós católicos de sair da fé cristã, afinal nós leigos não somos tão estudados em teologia quanto os bispos e padres e portanto há heresias que parecem fazer sentido, mas após um estudo mais profundo percebe-se que vão contra a Palavra de Deus.

Veja os cátaros: cometiam suicídio, pois acreditavam que o corpo era do deus mal e portanto morrer era se libertar do corpo mal, com isso negavam a maternidade, cometiam suicídios, falavam que o sexo era pecado e toda e qualquer coisa que prejudicasse o corpo era algo bom, porém nós católicos sabemos claramente que isto não é verdade, pois tudo que Deus fez é bom e o corpo não é exceção.

Abusos

Infelizmente o fato da Inquisição apenas julgar e o Estado punir levou ao velho problema: o Estado vendo ali um meio de controle social promissor devido à mentalidade da época se apropriou da Inquisição em vários países (o maior incidente foi na Inquisição Espanhola) e a Igreja através de várias bulas papais denunciaram os abusos condenando estas práticas, porém muito pouco o papa podia fazer, uma vez que os reis dominadores dispunham de força militar e o papa nenhum recurso para pará-los (lembrem-se que naquela época não existia acordos ou diplomacia como se faz hoje através da ONU e a mentalidade era a de que muitas coisas deveriam se resolver na violência ou guerra, embora hoje em dia isto seja absurdo, naquela época era comum).

De fato nestas inquisições tomadas pelo Estado nem tudo era mar de rosas e infelizmente haviam pessoas do clero local (padres, bispos e leigos, mas não a Igreja como um todo) que apoiavam a postura violenta , porém devemos lembrar que o erro dos filhos da Igreja não é erro da Igreja e nem desejo ou ensinamento da mesma, basta vermos como os papas exortaram diversas vezes a não abusar do poder desta forma e o resultado foi ter a Inquisição tomada pelo Estado.

Devido a mentalidade da época de não ter a pedagogia como hoje, era aceito açoites (torturas) com uma ressalva importante: de curto prazo e sem perigo de morte, ou seja, não se podia extender a tortura de forma injusta e nem matar pessoas. Mas isso era um recurso somente em casos extremos, porque nos demais eram impostas outras punições que são familiares nos dias de hoje.

Punições da Igreja aos hereges

As principais penas impostas pelos inquisidores eram as multas, as contribuições para obras pias, as peregrinações, o servir na cruzada durante um certo tempo, o trazer no fato umas cruzinhas, que perante os fiéis assinalassem o herege arrependido ou absolto, e a flagelação em determinadas ocasiões.

As penas maiores, reservadas aos hereges obstinados ou pouco sinceros e pouco sólidos na sua conversão, eram o cárcere durante um certo tempo ou por toda a vida, a confiscação dos bens em proveito do fisco e a entrega deles ao braço secular (Estado).

Esta última pena, que tinha como resultado para o condenado o suplício de fogo (porém era o Estado que a fazia e não a Igreja), só era imposta aos obstinados e principalmente aos relapsos (lembrando que estas heresias eram de fato uma ameaça a organização social, daí o interesse e severidade do Estado).

No fim do auto de fé era o condenado levado para fora da Igreja, para um estrado levantado na praça pública, e lá o entregavam aos oficiais civis. O seu suplício só se efetuava no dia imediato, para que o condenado pudesse ainda reconsiderar e entrar em si, pela noite adiante. Se durante a fogueira fizesse a abjuração dos seus erros, era devolvido à Inquisição, e assim se livrava da morte (a Igreja era atenta à misericórdia, porque se dependesse do Estado, não haveria volta); exceto se fossem relapsos, porque na segunda abjuração não escapavam ao fogo.

Com isso vemos que muitas penas impostas eram normais e justas, nada de tortura ou morte como se colocava, embora não pareça justo prender um cara ou açoitá-lo por causa de uma crença diferente devemos entrar na mentalidade da época e ver que as pessoas pensavam ser uma solução fazer isso assim como um tapa no bumbum do seu filho é perfeitamente saudável para sua educação.

Muitos ainda se escandalizarão nos dias de hoje porque não conseguiram entender a mentalidade da época (como os historiadores modernos já entenderam), porém devemos lembrar que a Igreja na voz do papa sempre lutou contra os abusos chegando a demitir inquisidores e suprimir tribunais. Em abril de 1482, o próprio Papa emitiu uma bula, na qual concluía: "A Inquisição há algum tempo é movida não por zelo pela fé e a salvação das almas, mas pelo desejo de riqueza" (Papa Sixto IV)

Conclusão

Com isto vemos que a Inquisição conteve erros e abusos do clero sim (não pretendemos negar a realidade dos fatos), assim como hoje se tem padres pedófilos, mas que o Magistério infalível da Igreja lutava para manter a ordem nos tribunais e evitar abusos, além do fato do Estado tomar tribunais ou impôr as coisas contra o ensinamento papal ou através de ameaças sobre o mesmo. A Igreja não erra em matéria de fé e moral e na Inquisição ela zelou claramente pela fé e pela moral (afinal os danos que os hereges causavam eram claramente danos para a moral como também para a sociedade da época).

Também vale lembrar que os números de milhões de mortos e queimados são mentirosos e exagerados, pois os historiadores já desmentiram estes números em termos de mortes (leia artigos abaixo sobre os números).

Por isso não nos deixemos levar pelo senso comum que nos leva à crer em mentiras. Muito se aponta pelos julgamentos da Inquisição como se a Igreja executasse as pessoas hoje em dia, porém nada se fala do comunismo que matou milhões, implanta uma ditadura de pensamento e destrói a cultura e os valores morais.

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